'O SENTIMENTO NA ESCRITA' DE ADÃO ZINA AMANHA

Adão Zina apresenta amanha na União dos Escritores Angolanos, a sua obra literária intitulada ''O Sentimento na Escrita''. O Artpromodatc conversou com o jovem poeta que nos revelou uma pouco mais de si. Convidamos-lhe a conhecer o autor do livro que será lançado amanha a partir das 18 horas.


ArtPromo: Quem é Adão Zina?

AD: Adão Zina é um jovem poeta escritor, nascido a 22  Março do ano 83 Município do Sambizanga, distrito do Ngola Kiluange. Sexto filho de Josefa Maximiano e Agostinho Zina.

ArtPromo: Quando sentiu o ‘’bichinho’ para arte?

AD: Digamos que este bichinho nasce, quando dentre várias actividades na ''escolinha'' da igreja tínhamos que cantar e recitar capítulos tirados dos livros bíblicos e transforma-los em poemas, e cada um de nós tinha que cantar sempre aos domingos nos cultos infantis. Foi ai que descobri o bichinho crescendo e a minha inclinação no mundo da arte.



ArtPromo: Quais são as suas influências no mundo da literatura?

AD: Por ler vários livros que ajudaram-me a crescer na literatura, hoje sinto que ainda é prematuro dizer que tenho um só escritor(a) que influenciou ou influencia-me, quem sabe ao decorrer da estrada literária eu possa descobrir a minha maior influência, mas por agora digo que são todos os que li.

ArtPromo: O que é a vida para si sem a literatura?

AD: Sem literatura a vida seria muda, cega, e surda. É por intermédio dela que conseguimos chegar e tocar aonde nossos pensamentos e palavras não chegam. a literatura é vida e a vida é bem vivida quando adicionamos a literatura nela.
ArtPromo: De que forma tem contribuído para a cultura nacional em geral e para a literatura em particular?

AD: Sou membro de um movimento literário jovem, que visa incentivar o hábito e gosto pela leitura. É desta forma que me destaco em contribuir pela cultura nacional, sou amante de artes e preservador da cultura. Sobre a literatura tenho como missão cativar jovens e não só, pessoas que têm vontade de aprender e ser amigos dos livros assim como fazer da leitura o seu ''vício bom''. 



ArtPromo: Como vê a literatura em Angola actualmente?

AD: Agora já esta a um ritmo competitivo mas, ainda temos muito que aprender e tirar da mente de muitos que a boa literatura é apenas aquela que foi feita no passado pelos nossos ''kotas'', que a geração de  hoje o que faz não é o tradicional e que é apenas o enterro da literatura. Essas debilidades são um pouco por falta de passagem de testemunhos mas, s estamos caminhando em bons passos. Ainda temos muito que fazer para que ela deixe de andar e corra para os quatro cantos do mundo (se nos derem oportunidades nem!).

ArtPromo: O que acha que deve ser feito em prol da literatura e dos fazedores de arte?

AD: Em prol da leitura, nas escolas deveria se implementar e incentivar os alunos o hábito e gosto pela leitura, criar oficinas aonde o elemento chave tem que ser a leitura e a escrita, Nos programas televisivos e rádios, deve haver mais debates sobre leitura, o seu estado e evolução e, dar lugar a um espaço de e leitura.
Aos fazedores de arte deve-se dar o devido respeito e valor, porque a arte faz parte duma cultura e cultura faz um povo ou nação. Deve-se olhar o artista como um político, um ministro ou como uma outra pessoa importante na sociedade. Deve-se dar lugar ao artista, dar oportunidades de mostrar a sua arte de qualquer maneira que ele o faz. Deve-se em suma, apoiar o fazedor de arte  e respeitar os seus esforços de criar.

ArtPromo: O que tem feito para divulgar os seus trabalhos?

AD: Uso as redes sociais e plataformas digitais que têm sido um grande veículo de ajuda. Vou aparecendo em encontros de poesia, musica, dança e teatro, ali apareço mostrando os meus trabalhos por intermédio de declamação.

Artpromo: Quais foram as suas melhores conquistas?

AD: Olha foram várias…:
1- Por fazer parte desta nova geração de escritores nacionais
2- Lançamento do meu primeiro livro de poesias
2- Por ter participado em cerca de 6 antologias internacionais e revistas literárias internacionais.
3-Ganhei o segundo lugar na categoria de poesia do concurso ‘mãos que falam’ com o texto (Reconhecimento) do projecto ‘Alma Brasileira’.
4-Por aceitarem-me a escrever sempre trimestralmente  para revista ‘Cultive’ em Genebra (Suíça).

ArtPromo: O que mais nos quer dizer?


AD: Estou agora a trabalhar num novo projecto brasileiro, a escrever uma tele história.
Próximo ano serei empossado como membro da Academia Lusófona de Letras Na Suíça.

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